por Daniela Gadelha, coordenadora da equipe de dança do MAVIN e professora de dança da EMART
A dança existe desde os mais remotos tempos. Pode-se defini-la como movimento rítmico do corpo realizado, na maioria das vezes, com acompanhamento musical. No período Renascentista ela começou a se desenvolver como forma de expressão artística.
Hoje temos o privilégio de poder utilizar essa arte para anunciar o Evangelho da Salvação. A dança é uma das poucas artes em que o material somos nós mesmos. A utilização da dança na pregação do Evangelho é relevante simplesmente porque os movimentos “falam”. É perfeitamente possível para quem quiser, ocultar e até mesmo camuflar sua personalidade atrás de palavras, mas, o movimento e o gesto revelam clara e inevitavelmente o coração do ser humano. Muitas vezes um pequeno gesto fere mais do que uma palavra! Ao observar o semblante de uma pessoa podemos perceber se ela está triste ou alegre. Pois, é através de movimentos e expressões “falamos” uma linguagem universal, onde é possível contar uma história com princípio, meio e fim. Como afirma Ione Buyst, teóloga especialista em liturgia: “Na dança o corpo se espiritualiza, assume movimentos de todo o cosmos, fala uma linguagem supra-racional, expressa e nos faz dizer e compreender o indizível’ [1]
Trabalhar com dança como instrumento estratégico no evangelismo, requer moldar e aperfeiçoar o corpo – principal material utilizado nessa arte – para que o mesmo seja facilmente entendível, ou seja, para que as pessoas possam captar a mensagem que desejamos transmitir. Por meio de movimentos corporais, expressões e gestos utilizados na dança, captamos a atenção daqueles que nos assistem e assim podemos comunicar a Palavra de Deus.
A dança que alegra o coração de Deus é proveniente do amor e da expressão de júbilo de quem O adora em espírito e em verdade. A Bíblia nos ensina em Salmos 149.3a: “Louvem o seu nome com danças. Adorar ao Senhor com danças significa utilizar o talento que o próprio Deus entregou a cada adorador, num ambiente de profunda comunhão com o Pai, onde são gerados movimentos intimamente ligados a Ele, capazes de “falar” quando as palavras não podem chegar.
Ao longo da caminhada do Ministério de Artes Vida Nova, presenciamos vários testemunhos onde pessoas foram salvas, restauradas e edificadas através das ministrações de dança. O mover do Espírito Santo se manifesta intensamente e “fala” a cada coração por meio de movimentos e expressões. Num gesto de quebrantamento e adoração Deus derrama sua unção e esta alcança os que assistem. Para operar maravilhas no meio do povo, Deus usa o que Ele quer. Não dançamos para nossa própria exaltação, muito menos para mostrar nossa performance, mas, para compartilhar o evangelho expressando o amor de Deus. Quando dançamos para Ele, algo logo muda em nosso interior e se estende rapidamente para o meio externo. Em diversas ocasiões as muitas palavras não são capazes de descrever o que estamos sentindo, então, a dança torna-se nossa aliada para expressar o íntimo de nossos corações. Quando o Senhor se agrada de nossa dança Ele também dança conosco e podemos sentir que Sua presença nos envolve. A grandiosa obra de ganhar almas para Jesus é tarefa de todos nós, não é um convite, é um mandamento do Senhor, e através da dança também podemos cumprir o propósito de Deus em nossas vidas: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura (Marcos 16.15).
NOTA:
[1] MONRABAL, María Victoria Triviño. Música, Dança e Poesia na Bíblia. São Paulo: Paulus, 2006, p.5.
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